Por Portal da Copa
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“Brasil, um país, um mundo” FOTO: Divulgação/Portal da Copa |
Entre fotos, vídeos,
uniformes, bolas e chuteiras, uma camisa escrito “100% Jardim Irene” faz Cafu,
o capitão do penta, voltar no tempo. “O painel de 2002 é a marca mais
importante para mim. E é muito bom ter a oportunidade de ver a minha camisa
exposta entre tantas maravilhas”, disse o ex-jogador diante do resgaste
histórico da Copa da Coreia do Sul e do Japão na exposição “Brasil, um país, um
mundo”, lançada nesta terça-feira (17.12) em Brasília.
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Foto: Divulgação/Portal da Copa |
Perto do painel do
penta, está uma camisa de Pelé autografada por todos os jogadores que
disputaram a Copa de 1966. Mas aquele mundial não é, nem de longe, o que mais
marcou o rei do futebol. “Se eu começar a falar da primeira Copa em 1958,
quando eu tinha 17 anos, é uma coisa inesquecível. Até hoje, o jogador mais
novo a disputar uma Copa e, graças a Deus, com o Brasil ganhando. Essas coisas
a gente não esquece, como a Copa do Mundo do México, minha última Copa. Todas
essas lembranças estão guardadas”, disse Pelé.
A mostra, que será
aberta ao público nesta quarta-feira (18.12), no Centro de Convenções da
capital federal, resgata a história do Brasil nas Copas, exibe relíquias - como
o agasalho de treinamento de Amarildo no Mundial de 1962 e a bola da final da
Copa de 2002 - mas vai muito mais além.
“A partir da paixão do
brasileiro pelo futebol, pretendemos mostrar o esporte de forma mais ampla,
porque ele se manifesta em várias frentes: a paixão em si, a diversidade, a fé
e a mistura da religião com o futebol, o poder de interromper uma guerra, a
tecnologia, a relação com a publicidade e com a moda”, explicou o jornalista e
curador da exposição, Ricardo Corrêa.
Na parte dedicada a
tecnologia, painéis multimídia mostram a evolução do preparo físico, das bolas, das chuteiras, dos uniformes, dos
estádios e as mudanças nas regras. No espaço dedicado a moda, é possível ver
como os uniformes de lã deram lugar a outros recortes e estilos, até chegar aos
mais modernos, usados atualmente. Os estádios e as características das doze
cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 igualmente ganharam um espaço
especial na exposição, que também conta
com bastante interatividade.
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FOTO: Divulgação/Portal da Copa |
“O futebol tem um
aspecto lúdico que a gente mostra aqui. O brasileiro inventou o futebol de
botão e o totó, ou pebolim, dependendo da região. O visitante vai poder brincar
com isso, também com jogos eletrônicos, e
terá um quiz para testar conhecimentos: quem vier poderá votar na
Seleção de todos os tempos, a partir de uma pré-seleção feita pela revista
Placar”, disse o curador.
Chancelado
A exposição “Brasil,
um país, um mundo” conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal, do Banco do
Brasil e da Petrobras, entre outros, e também é um dos 96 projetos chancelados
do Ministério do Esporte no plano de promoção do Brasil para a Copa.
“O projeto destacou-se
pela qualidade, amplitude e visão da Copa a partir do Brasil e do mundo. A
exposição é um orgulho para todos que apoiaram essa iniciativa. Que ela ajude a
divulgar no Brasil a maior festa do esporte do planeta, o maior momento de
confraternização, que é a Copa do mundo de futebol”, disse o ministro do Esporte Aldo Rebelo.
A mostra ficará em
Brasília até 19 de janeiro, de 10 às 19h, com exceção dos dias 24, 25 e 31 de
dezembro, e 1º de janeiro. A entrada é de graça. Depois, a exposição eguirá
para as outras onze sedes do Mundial de 20104, até julho. Uma loja de
artesanato será montada com produtos e objetos de artistas locais. A renda
gerada será revertida para a Associação dos Campeões Mundiais e para a Fundação
Cafu.
Revivendo emoções
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FOTO: Divulgação/Portal da Copa |
Em cada uma das
cidades por onde a exposição passará, campeões mundiais estarão presentes. Para
Clodoaldo, um dos grandes nomes da Copa de 1970, ver objetos e imagens que
remetem ao tri é uma oportunidade especial para reviver emoções.
“Sempre que lembro a
conquista da Copa do México é com muita emoção, porque é um filme que está na
minha cabeça, na minha memória. Cada lance, cada momento, o jogo em que eu
perdi cinco quilos contra a Inglaterra, o gol que eu marquei contra o Uruguai,
os dribles que eu dei contra a Itália, a bola que eu perdi e que resultou no
gol da Itália. Tudo é inesquecível. Quero parabenizar a todos pela iniciativa e
certamente vou estar em algumas cidades”, disse.