segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dilma não vai à final e irrita FIFA

Por Murilo Dias
Foto: Ivan Pacheco
A presidente da República, Dilma Roussef, não compareceu ao Estádio do Maracanã para assistir a final da Copa das Confederações.  Devido à estrondosa vaia que recebeu no jogo de abertura, às manifestações e à queda brusca de popularidade, Dilma decidiu não ir ao estádio.

Apesar disso, a presidente postou uma nota de felicitação aos jogadores do Brasil, cumprimentando-os pelo título:

“Neste dia histórico para o futebol brasileiro, envio meus parabéns a todos os jogadores e à equipe técnica da nossa Seleção pela conquista do tetracampeonato da Copa das Confederações. Nesta campanha memorável, nossos atletas mostraram alegria, criatividade, espírito de equipe e união que conquistaram todos os brasileiros e proporcionaram ao mundo um grande espetáculo. Eu me somo hoje a todos os brasileiros na comemoração dessa grande vitória.”

O fato irritou a Federação máxima do futebol. Apesar não confirmar oficialmente, a FIFA não gostou da atitude da presidente do Brasil. É tradição que o governante do país sede entregue a taça ao campeão do torneio. Na final deste domingo, Joseph Blatter entregou a taça para Thiago Silva, capitão da seleção brasileira.

Por meio de sua assessoria, a FIFA divulgou uma nota dizendo que apoia a escolha de Dilma:

“A FIFA respeita totalmente a decisão da presidente Dilma Rousseff em relação à participação na final no Maracanã, seja ela qual for”.

A relação entre o governo brasileiro e a FIFA não é muito boa. Os pedidos de maior segurança e as criticas de Joseph Blatter ao Brasil, em relação a infraestrutura e capacidade de receber eventos desse porte, não agradaram aos brasileiros.

- Nós estamos preocupados com o legado da Copa do Mundo, é claro. Quando a Copa foi dada ao Brasil, em 2007, houve festa, apoio em todo o país. Mas não posso entender o porquê, entre 2007 e 2013, nada mais foi feito nessa área (infraestrutura), de acordo com o que foi estabelecido, de que os estádios seriam construídos por fundos privados, e a infraestrutura, que será usada pela população do país, entregue - disse Blatter.

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