Por Murilo Dias
A
Polícia Militar teve papel de destaque nas últimas semanas, em noticiários e
nas redes sociais, devido à onda de protestos que tomou o país. Somando isso à
segurança da Copa das Confederações, temos como resultado reclamações por parte
de alguns policiais. Cansaço, despreparo e descaso são pontos levantados pelos
oficiais.
Foto: Terra |
A final da Copa das Confederações foi
apenas mais uma prova para as afirmações dos policiais. Após algumas
manifestações pacíficas, uma parte dos protestantes, como sempre, tentou
ultrapassar o cordão de isolamento da policia. Tal isolamento é determinação da
FIFA, que “reserva” uma área ao redor do estádio e, em dia de jogos, só pode
avançar quem estiver com o ingresso.
Em acordo com a OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) e o Ministério Público, a segurança da final foi definida
em três níveis. No primeiro, o primeiro cordão, estaria a Polícia Militar. Após
este, a Força Nacional e somente depois o Batalhão de Choque. Tal estratégia
reuniu o maior efetivo de segurança para um evento relacionado ao esporte: 11
mil homens.
Porém, alguns policiais disseram-se
cansados da maratona de protestos e jogos, segundo informações do portal Terra.
Reprodução: Globo |
- Faz 20 dias que a gente trabalha sem parar. É um
turno de 24 horas, aí tem que fazer o bico de segurança na folga e a folga no
dia seguinte é cassada por causa de tudo que está acontecendo. Está f***. – disse um PM, que preferiu
anonimato.
No confronto deste
domingo, um policial foi atingido por um coquetel molotovs, atirado por um dos
protestantes, e teve sua perna incendiada. O fogo foi apagado por companheiros.
Segundo informações oficiais, 3 agentes ficaram feridos.
Ainda durante os
confrontos, um helicóptero do Batalhão de Choque atirou gás lacrimogêneo, para
separar a manifestação. Sem proteção, os policiais em solo também sofreram com
o ataque.
- Para que sobrevoar
tão baixo? Só pra jogar gás na nossa cara? – afirmou um policial.
Foto: Terra |
Questionando também
a organização e o esquema de segurança da Copa das Confederações, outro policial
disse que concorda com parte das reivindicações dos manifestantes e faz reclamações das condições de trabalho as quais os PMs são expostos.
- Falta organização
para nossa polícia. A gente é mandado pra cá e, se bobear, não nos dão nem um
copo d`água. Vários manifestantes gritaram na nossa cara contra a
desmilitarização da PM. Isso eu também quero. A gente concorda com os manifestantes,
mas temos de cumprir ordens - explicou.
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