sábado, 22 de fevereiro de 2014

Protesto contra Copa em SP é marcado por vandalismo e prisão de jornalistas

Por Murilo Dias
Alô, Tropa de Choque, está rolando um protesto...
FOTO: Bruno Santos/Terra
A frase “o protesto começou pacifico, mas terminou com prisões e vandalismo” já pode ser considerada uma das mais usadas nos últimos tempos. E foi o que aconteceu neste sábado, 22, em São Paulo, durante manifestação contra a realização da Copa do Mundo.

Cordão humano isola manifestantes presos
FOTO: Bruno Santos/Terra
Denominada “Não vai ter Copa”, o protesto tinha mais de 14 mil pessoas confirmadas em evento no Facebook, mas apenas mil, segundo estimativa da Polícia Militar, compareceram às ruas.

Tendo início por volta das 17h, na Praça da República, o protesto seguiu pelo centro de SP e seguia para a prefeitura da cidade, acompanhado por um grande número de policiais e sob vigilância do helicóptero Águia, também da PM.

Porém, a partir das 19h, o verdadeiro tom da manifestação foi determinado por mascarados, que começaram a depredar o centro da cidade, vandalizando orelhões e quebrando portas de vidros de agências bancárias. Usando bombas de efeito moral e prendendo grande número de manifestantes, a PM conseguiu controlar os ânimos, sem maiores danos.

Medo de ser reconhecido?
FOTO: Bruno Santos/Terra
Dentre os 120 presos, 5 jornalistas.* Paulo Toledo Piza, G1. Sérgio Roxo, O Globo; e Reynaldo Turollo; Folha de SP. Além dos fotojornalistas Victor Moryama, freelancer e Bruno Santos, do Portal Terra**. Segundo o Terra, seu fotógrafo foi ferido na perna e foi encaminhado a um hospital por policiais e sua câmera foi quebrada.

Ao menos 5 policiais e dois manifestantes foram feridos durante a manifestação. Por volta das 22h, a Avenida Paulista estava rodeada de policiais, que pareciam proteger agências bancárias e prédios públicos.

* Segundo o G1, seu repórter, Paulo Pizza foi liberado por volta das 19h20

** “A reportagem do Terra que cobria a manifestação questionou a PM sobre a detenção dos profissionais da imprensa e recebeu a informação de que os jornalistas detido teriam adotado práticas de manifestação típicas dos black blocs.

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