sábado, 29 de março de 2014

Morre operário que sofreu acidente no Itaquerão; Terceira morte no estádio

Por Murilo Dias
Luto, Corinthians.
FOTO: José Patricio/Estadão
Faleceu na tarde deste sábado Fabio Hamilton da Cruz, operário que sofreu um acidente nas obras da Arena Corinthians, durante a parte da manhã. Encaminhado em estado grave ao Hospital Santa Marcelina, Fabio não resistiu.

Contratado pela empresa Fast Engenharia, Fabio Hamilton atuava na instalação das arquibancadas removíveis do setor Sul e teria caído de uma altura de aproximadamente 8 metros.

FOTO: José Patricio/Estadão
Segundo a empresa, o operário utilizava todos os materiais de segurança necessários. O Corpo de Bombeiros, chamado às 10h30 da manhã para atuar no caso, apresenta outra versão, afirmando que a altura do acidente teria sido de 15 metros.

Ao chegar ao hospital e fazer exames, Fabio foi diagnosticado com traumatismo crânio-encefálico e politraumatismo. Sua morte foi declarada às 16h. Mesmo com o acidente, as obras na Arena não foram interrompidas.

Este é o terceiro falecimento durante a construção do Itaquerão. Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira Santos, 44, haviam morrido na queda de um guindaste, em novembro de 2013. À época, o acidente paralisou as obras e lerdeou todo o cronograma, tornando o estádio do Corinthians o mais atrasado para a Copa do Mundo.

Acidente lá não é novidade... Infelizmente
FOTO: Folha Press
Segue a nota oficial da empresa Fast Pass. Corinthians, dono do estádio e a construtora Odebrecht ainda não se pronunciaram:


A Fast Engenharia vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1)    Ocorreu na manhã deste sábado, por volta das 10h30, um acidente com o operário Fabio Hamilton da Cruz, funcionário da empresa WDS Construções, que se encontrava trabalhando na montagem dos pisos das arquibancadas provisórias do setor sul da Arena Corinthians;

2)    O trabalhador imediatamente recebeu os primeiros socorros no local e em seguida foi levado ao hospital, onde se encontra em estado delicado de saúde;

3)    Ao contrário do que foi divulgado por alguns veículos de imprensa, o operário caiu de uma altura de 8 metros e portava todos os equipamentos obrigatórios de segurança para a atividade;

4)    A Fast, contratante da empresa WDS, renova seu desejo de que ele se recupere o mais rápido possível e está prestando todo o auxílio ao operário, a sua família e às autoridades.

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